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sábado, 15 de agosto de 2015

A última arma na guerra contra o câncer: Mel das Abelhas.



O resumo da história.
O Própolis, o “vedante” que as abelhas utilizam para consertar os buracos em suas colmeias, pode desacelerar o crescimento do câncer de próstata;
Quando baixas doses de extrato de própolis são dadas a camundongos com tumores de próstata, seu crescimento desacelera em 50% e nutrindo-os com esta substância, diariamente, faz com que os tumores parem de crescer;
O Própolis tem poderosos efeitos imuno-modeladores, junto com sua potente ação antioxidante antimicrobiana, além de suas propriedades analgésica, anestésica, anti-inflamatória e de cura;      e
Como o própolis, um punhado de compostos naturais tem sido descoberto que mostram promissora possibilidade para o tratamento do câncer sem os efeitos tóxicos causados pela quimioterapia como: a bromelina, a vitamina C, o açafrão-da-índia (curumina) e o extrato de berinjela estão entre eles.

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2012/11/24/honey-bees-for-cancer-treatment.aspx?e_cid=20121124_DNL_art_1
By Dr. Mercola
O Própolis, o “vedante” que as abelhas usam para consertar os buracos em suas colmeias, tem sido usado como um remédio natural desde tempos ancestrais, tratando enfermidade que vão de inflamações de garganta a queimaduras e alergias.
Nova pesquisa revelou outro entusiasmante uso para esta substância aparentemente milagrosa: desta vez na luta contra o câncer.
O Própolis Desacelera o Crescimento de Tumor.
O Própolis tem um número bem conhecido de propriedades terapêuticas, incluindo potente ação antioxidante e antimocrobina, além de propriedades analgésica, anestésica, anti-inflamatória e de cura. Nas colmeias, as abelhas o usam como um desinfetante contra bactérias e virus, auxiliando a selar rachaduras e a “embalsamar” invasores que são muito grandes para carregarem.
Vem sendo empregado por milhares de anos na medicina tradicional, mas apesar da abundância de componentes ativos, pesquisa sobre este produto das abelhas e como consequência, seu uso medicinal moderno, é limitado.
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Chicago, intrigados pelo potencila anti-câncer do própolis, decidiram verificar um de seus componentes bioativos, o éster feniletil do ácido cafeico (nt.: nomeclatura e sigla em inglês – caffeic acid phenethyl ester/CAPE) (nt.: ver também o trabalho brasileiro: http://www.biologico.sp.gov.br/docs/arq/v75_2/fischer.pdf), e seu impacto sobre as células humanas de câncer de próstata.
Em células desenvolvidas em laboratório, mesmo pequenas doses de CAPE diminuiram o crescimento das células do tumor. E quando pequenas doses orais eram dadas a camundongos com câncer de próstata, o crescimento do tumor decrescria em 50% ! E o que é mais, alimentando com CAPE, diariamente, paralizou o crescimento dos tumores dos camundongos, apesar deles retornarem quando o CAPE foi retirado de suas dietas.
Isto sugere que o composto do própolis trabalha impactando a rede de sinais que controlam o crescimento das células cancerosas, mais do que matá-las diretamente. De qualquer forma, existem pelo menos quatro trabalhos sobre as propriedades apoptóticas (nt.: apoptose celular programada) do própolis, indicando que tecnicamente ele é capaz de matar diretamente células de câncer, incluíndo células de câncer prostático, melanoma e outras também.1
Esta não é a primeira vez que o própolis mostra-se promissor no tratamento de câncer. Em 2009, o própolis mostrou que suprimia o crescimento de neurofibromatose associada a tumores (tumores no tecido nervoso) ao bloquear a sinalização de membros da família de enzimas p21 quinases ativadas (nt.: nomeclatura e sigla em inglês – p21 activated kinases/PAK1). Os pesquisadores observaram que:2
“Uma vez que mais de 70% dos cânceres humanos como os de mama e próstata exigem a quinase PAK1 para seus crescimentos, é bem possível que o extrato verde de própolis (nt.: sigla e nome em inglês – GPE/green propolis extract) possa ser potencialmente útil para o tratamento destes cânceres, como é o Bio 30 [um extrato de própolis à base de CAPE]”.
O Própolis Tem Poderosas Propriedades Anti-Inflamatórias e de Ajustamento Imunológico.
O que faz os compostos naturais tão vibrantes e muitas vezes tão poderosos, é que eles simplesmente não exibem UMA ação terapêutica como, digamos, a maioria dos fármacos trabalham. Em vez disso, eles contêm numerosos componentes bioativos que podem exercer dezenas de ações benéficas dentro de nossos corpos. Este parece ser o caso do própolis que tem sido identificado como atuante em mais de 80 condições, incluindo:3
Inflamação Úlceras Dano de radiação
Herpes Verrugas Periodontite
Infecções de ouvido Infecção das vias respiratórias Gripe
Cataratas Estresse oxidativo Infecção com estafilococo

Escrevendo para o periódico Clinical Reviews in Allergy and Immunology, os pesquisadores dissertaram sobre alguns efeitos potenciais do própolis:4
“O própolis, uma substância cerosa produzida pelas abelhas, tem sido adotado como uma forma de medicina tradional entre vários povos desde tempos ancestrais. Ele tem um amplo espectro de aplicações, incluíndo potencial anti-infecção e efeitos anti-câncer. Muitos dos efeitos terapêuticos podem ser atribuidos a suas funções imunomodeladoras. A composição do própolis pode variar de acordo à localização geográfica de onde as abelhas obtém os ingredientes.
Duas substâncias químicas imunopotentes foram identificadas como o éster feniletil do ácido cafeico (nt.: sigla em inglês – CAPE)  e o artepillin C. Assim, o própolis, o CAPE, e o artepillin C têm se mostrado exercer a função imunossupressora sumativa em subconjuntos do linfócito T, mas paradoxicalmente ativa a função de macrófagos.
Por outro lado, eles também têm propriedades potenciais anti-tumor através de mecanismos diferentes postulados tais como a supressão da proliferação de células de câncer via seus efeitos anti-inflamatórios; decrescécimo das populações de células-tronco do câncer;  bloqueio da sinalização das vias específicas da oncogênese; exerce efeitos anti-angiogênica; e modula o microambiente do tumor. 
A boa biodisponibilidade, através da via oral e o bom perfil histórico de segurança, torna o própolis um agente adjuvante ideal para futuros regimes imunomodulador ou anticâncer”.
Ingestão Proteica Também É Crucial para Cânceres.
Recentemente entrevistei o Dr. Ron Rosedale por várias horas. Ele é um dos primeiros médicos nos EUA que começou a medir clinicamente os níveis de leptina  e sua curva foi muito a frente. Em nossa entrevista, ele ajudou-me a entender a grande importância sobre a excessiva ingestão de proteina e o quanto ter tudo a ver com o crescimento do câncer.
A via metabólica ‘mTOR’ é a sigla de ‘mammalian target of rapamycin’ (nt.: alvo da rapamicina em mamíferos). Esta via é ancestral, mas só recentemente reconhecida e isso foi a menos de 20 anos atrás. As possibilidades são muito grandes de que seu médico nunca tenha sido ensinado em sua escola de medicina sobre este tema e nunca venha a ter consciência de sua existência. Muitas das novas drogas sintéticas contra o câncer estão na verdade sendo desenvolvidas para usar esta via. Os fármacos que usam esta via também estão sendo ministrados a animais para estender radicalmente seus ciclos de vida. Mas não precisamos utilizar fármacos para dispormos desta via, trabalhando para nós.
Podemos realizar um ‘bio-hack’ em nosso corpo e simplesmente restringir nossa ingestão proteica e substituirmos esta proteina decrescente com gorduras saudáveis o que proporcionará benefícios praticamente idênticos àqueles perigosos e caros fármacos.
Comer proteina em excesso pode ser um mecanismo adicional sinergisticamente poderoso. O Dr. Rosedale acredita que, quando consumimos proteina em níveis mais altos do que um grama de proteina por quilo de massa corporal magra, podemos ativar a via mTOR, que aumentará radicalmente nosso risco de câncer. É muito fácil consumir proteina em excesso e meu palpite é que a maioria das pessoas que está lendo este artigo, faz isso. Eu sei porque eu também fazia o mesmo e como resultado desta informação, reduzi minha ingestão de proteina pela metade.
Para determinar nossa massa corporal magra, descobrir o percentual da nossa gordura corporal e substrair de 100. Assim, se tivermos 20% de gordura corporal, nossa massa corporal magra será de 80%. Basta multiplicarmos isso por tantas vezes nosso peso atual para termos a massa corporal magra. Para a maioria das pessoas isso significa restringir a ingestão de proteina de 35 a 75 gramas. Apesar de que as mulheres grávidas e os trabalhadores intensivos necessitam em torno de 25% a mais.
É claro que quando se reduz a proteina, necessitamos substituir com outras calorias, assim a chave é substituir as calorias perdidas com gorduras de alta qualidade como abacate, manteiga, gordura de coco, azeite de oliva, nozes e ovos. Também tem muita valia evitar comer qualquer coisa três horas antes de ir para a cama porque assim permitimos ter relativamente baixas quantidades de açúcar no sangue enquanto estivermos dormindo. Este é outro bom truque para levarmos nosso corpo para o modo de queima de gorduras.
Quase todas as pessoas estão primordialmente no modo de queima de carboidratos em razão da quantidade de carboidaratos que se consome. A beleza de se deslocar para o modo de queima de gorduras é que virtualmente elimina a fome. Jejuns intermitentes é uma maneira de alcançar este objetivo, mas cortando radicalmente os carboidratos não vegetais também é muito importante. A gordura de coco é particularmente útil ser usado ao se fazer a transição para o modo de queima de gordura.  Como ela tem principalmente cadeias curtas e médias de gordura que se metabolizam rapidamente, ela pode ser empregada como uma fonte de energia que é importante para contrapor o decréscimo de energia e outros desafios físicos que muitos encontram nas várias semanas que normalmente leva para fazer a transição para o modo de queima de gordura.
Outros Remédios Naturais Também se Mostram Promissores Contra o Câncer.
Uma das razões porque o tratamento convencional contra o câncer vive esta terrível falência nos EUA, simplesmente porque ele confia na quimioterapia. As drogas que fazem parte da quimioterapia são, por sua própria natureza, extremamente tóxicos e trabalham normalmente contra nossa natural habilidade do organismo de lutar contra o câncer, isto é, destruíndo a imunidade do anfitrião em vez de apoiá-la.
Um dos maiores inconvenientes da quimioterapia é o fato que ela destrói células sadias através de todo o nosso corpo juntamente com as células do câncer, um “efeito colateral” que muitas vezes leva a uma morte acelerada e não à cura.
Outro efeito colateral devastador da quimioterapia é a forma como na verdade ela sustenta as mais químio-resistentes e as subpopulações de células malignas dentro dos tumores (por exemplo: células tronco do câncer), ambas matando as células mais benignas e/ou as células quiescentes dentro do tumor que o mantém em lento crescimento ou mesmo de forma inofensiva.
Como resultado, isso desencadeia um tipo de câncer mais agressivo, resistente ao tratamento e que vem causar estragos em nosso organismo.
Como o própolis, compostos naturais úteis têm sido descobertos e que mostram ser promissores no tratamento do câncer sem tais efeitos tóxicos. Alguns deles exibem mesmo um efeito chamado “citotoxicidade seletiva”, o que significa que eles têm habilidade de matar células cancerígenas enquanto deixam as células saudáveis e o tecido incólumes. Um destes compostos benéficos é a bromelina, uma enzima que pode ser extraída dos estames do abacaxi. Pesquisa publicada no periódico Planta Medica detectou que a bromelina era superior à droga quimioterápica 5-fluorauracil no tratamento do câncer em estudo com animais.5
Os pesquisadores afirmaram:
“Este efeito antitumoral [da bromelina] foi superior ao do 5-FU [5-fluorouracil], cujo índice de sobrevivência foi aproximadamente 263 %, relativo ao controle não tratado”.
O que faz este impacto particularmente impressionante é que a bromalina trabalha sem causar dano adicional aos animais. A droga da quimioterapia 5-fluorauracil, por outro lado, vem registrando uma trilha relativamente frustrante e perigosa apesar de estar sendo usado por quase 40 anos. A citotoxicidade seletiva é de fato uma propriedade que pode ser somente detectada entre compostos naturais; nenhuma droga quimioterápica ainda desenvolvida é capaz deste efeito. Ao lado da bromalina, outros exemplos de compostos naturais que têm sido encontrado que mata as células de câncer sem danificar as cálulas saudáveis, estão:
Vitamina C: o Dr. Ronald Hunninghake levou 15 anos pesquisando um projeto chamado RECNAC (câncer soletrado ao contrário). Sua pesquisa original em cultura de células mostrou que a vitamina C tem citotoxicidade seletiva (nt.: ver – http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2010/11/20/ronald-hunninghake-on-vitamin-c.aspx) contra as células de câncer.
Extrato de berinjela:  O glicosídeo rhamnosyl solasodina (nt.: nomeclatura e sigla em inglês – solasodine rhamnosyl glycosides/BEC), que uma classe de composto extraído das plantas pertencentes à familia das Solanaceae, como a berinjela, o tomate, a batata andina, pimenta e tabaco, podem também impactar somente as células cancerígenas, deixando as células normais sem danificá-las. O extrato cremoso de berinjela parece ser particularmente úteis no tratamento de câncer de pele (nt.: ver – http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/12/10/vitamin-d-exposure-possible-natural-cure-for-skin-cancers.aspx). O Dr. Bill E. Cham, um pequisador líder nesta área, explana:
“O modo de ação dos SRGs (nt.: glicoalcalóides glicósidos rhamnosy solasodina, com nomeclatura e sigla em inglês – glycoalkaloids solasodine rhamnosy glycosidesBEC) está no contrário de quaisquer agente atuais antineoplástico [anti-tumor]. Receptores específicos para os SRGs estão presentes somente nas células de câncer, mas não nas células normais, e são o primeiro passo dos eventos que levam à apoptose (nt.: auto-eliminação das células) somente em células de câncer e isto pode explicar porque durante o tratamento as células de câncer foram sendo eliminadas e as normais foram substituindo as células de câncerr mortas sem nenhuma cicatriz formada”.
Cúrcuma (Extreato de Curcumina): De todos os lutadores naturais contra o câncer que estão por ai, esta especiaria tem sido a mais pesquisada por exibir a citotoxicidade seletiva.6 Notadamente, num estudo publicado em 2011 no Journal of Nutritional Biochemistry, a ratos foi administrada a curcumina, o polfenol primário do açafrão, vendo-se um decréscimo nos tumores de cérebro induzidos experimentalmente em cada 9 de 1 tratados, enquanto nota-se que a curcumina não afetava a viabilidade das células cerebrais “sugerindo que a curcumina atingia seletivamente as células transformadas [cancerosas]”.7
Estratégias Naturais para a Prevenção do Câncer.
Quando se trata de câncer e outras doenças crônicas, a prevenção eficaz salta aos olhos que supera tratamentos progressistas. Acredito que podemos praticamente eliminar nossos riscos de alguma vez desenvolvermos o câncer (e efetivamente melhorar nossas chances de recuperação de um câncer caso tenhamos, no momento, algum) se seguirmos algumas estratégias relativamente simples de redução de risco — todas que possam contribuir para um ambiente biologicamente saudável nos qual nossas células possam prosperar e lutar contra a doença naturalmente.
Otimizar nosos níveis de vitamina D (nt.: ver – http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2008/12/16/my-one-hour-vitamin-d-lecture-to-clear-up-all-your-confusion-on-this-vital-nutrient.aspx);
Reduzir ou eliminar a ingestão de alimentos processados, frutose e grãos-carboidarato-;
Controlar os níveis de insulina em jejum e a leptina. Normalizar os níveis de insulina é uma das ações físicas mais poderosas que se pode tomar para diminuir o risco de câncer, bem como melhorar o controle da insulina e da leptina é um resultado natural da redução ou eliminação da frutose, grãos e alimentos processados na dieta;
Normalizar a proporção entre as gorduras omega-3 e omega-6, ingerindo óleo de krill de alta qualidade e pela redução da ingestão da maioria dos óleos vegetais processados;
Fazer exercícios regularmente. Uma das primeiras coisas que o exercício faz é baixar o risco de câncer pela redução dos níveis elevados de insulina, que cria um ambiente de baixo açúcar que desestimula o crescimento e a expansão das células de câncer que prosperam em metabolismo à base de açúcar (glicólise anaeróbica). Controlar os níveis de insulina é um dos mais poderosos meios de reduzir o risco ao câncer. Além disso, os exercícios melhoram a circulação das células imunológicas no sangue. O sistema imunológico é a primeira linha de defesa contra todas as doenças, de um simples resfriado a uma doença devastadora e fatal como o câncer.
No entanto, o truque sobre os exercício é entender de como utilizá-los com uma ferramenta precisa. Isso garante que se está recebendo o suficiente para alcançar o benefício, não muito para não causar lesões e a variedade certa para equilibrar toda a estrutura física e manter a força e a flexibilidade além de níveis de aptidão aeróbia e anaeróbia. Se o tempo é limitado, exercícios de alta intensidade, de pico, são a melhor aposta. No entanto, idealmente deve-se ter um bom programa de treinamento de força também.
Ter um bom e regular sono (nt.: ver- http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2010/10/02/secrets-to-a-good-night-sleep.aspx);
Reduzir a exposição aos venenos ambientais como agrotóxicos, detergentes e produtos de limpeza, aromatizantes ambientais sintéticos e poluição do ar; .
Limitar a exposição e providenciar uma proteção individual das radições EMF produzidas pelas torres de telefones celulares, estações base, os prórprios aparelhos celulares e as estações WiFi. Em 31 de maio de 2011, a International Agency for Research on Cancer/IARC (nt.: Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer), um braço da Organização Mundial da Saúde/OMS (nt.: nomeclatura e sigla em inglês – World Health Organization/WHO), declarou que os celulares são “possivelmente carcinogênicos aos humanos”
Evitar fritar e churrasquear o alimento. Em vez disso, ferver, escaldar ou fazer no vapor os alimentos.
Ter ferramentas para permanentemente reprogramar o curto-circuito neurológico que pode ativar genes do câncer. Mesmo o CDC dos EUA afirma que 85% da doença é causada por emoções. É provável que este fator possa ser mais importante do que todos os outros aspectos físicos listados aqui, assim certifique-se de que foi endereçado.  Psicologia energética parece ser uma das melhores abordagens e é a minha ferramenta particular favorita, como já afirmei anteriormente, e é a técnica de liberdade emocional (nt.: Emotional Freedom Techinque/EFT – ver – http://eft.mercola.com/).
Coma pelo menos um terço de sua dieta na forma de alimentos crus

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

The 'SWAGGER' Bits! Gorila that stands & walks like a Man!


A CURA PARA DIVERSAS ENFERMIDADES

Própolis assume funções de remédio natural multiuso

Flavonoides e aminoácidos são os principais responsáveis por sua ação benéfica a saúde



O ditado popular já dizia: a própolis é um santo remédio. Mas será que o remedinho receitado pela vovó funciona de fato? Produzida pelas abelhas, ela resulta da mistura de substâncias colhidas do pólen e das árvores com as secreções da própria abelha.


A combinação dá origem ao produto, que é rico em aminoácidos, vitaminas e bioflavonoides, tornando a própolis um poderoso antioxidante com ação antibiótica. "Seu uso tem indicações específicas que devem ser respeitadas", explica o zootecnista Sílvio Lengler, professor de apicultura da UFSM (Universidade de Santa Maria, RS).


Composição química da própolis

Resinas e bálsamos aromáticos: 50%
Ceras: 25 a 35%
Óleos essenciais: 10%
Grãos de Pólen: 5%
Minerais: alumínio, cálcio, estrôncio, ferro, magnésio, silício, titânio, bromo e zinco.
Vitaminas: pró-vitaminas A e todas do complexo B.
Flavonoides: Ésteres cafeinados.

Benefícios para a saúde


Ação antibacteriana: a própolis é popularmente conhecida como sendo um antibiótico natural. A grande vantagem de seu uso em relação aos antibióticos comuns é que ela destrói as bactérias nocivas, preservando as benéficas, como é o caso das bactérias da flora intestinal.


Alguns estudos apontam que as bactérias não criam resistência à própolis, como acontece com os antibióticos sintéticos, impedindo que estas se tornem mais nocivas, perigosas e resistentes.



Própolis

Antiviral: é uma poderosa aliada no combate dos vírus do herpes e da gripe. Também previne o aparecimento de constipações, pneumonias, resfriados e doenças do aparelho respiratório.

"A Universidade Federal de Santa Catarina realizou recentemente um etudo confirmando a ação broncodilatadora e analgésica da própolis", explica o epecialista.


"Conclui-se que a própolis pode ser usada tanto na prevenção como no tratamento da gripe, asmas, bronquites e resfriados. Seu uso já é consagrado no tratamento de sinusites, amidalites e renites", continua.


SAIBA MAIS


Homeopatia ou alopatia?

Mitos da homeopatia
Homeopatia: como ela age
Antifúngica: sua ação estende-se ainda a fungos, como a Candida albicans, responsável por infecções vaginais, bucais e no sistema digestivo. "A  própolis também tem ação antimicótica, atuando sobre alguns fungos e leveduras, principalmente micoses e coceiras no corpo, fungo de unha e dermatite seborreica. Nestes casos, utiliza-se xampus à base de própolis, pomadas e extrato de própolis", explica o zootecnista.


Própolis

Função imunoestimulante: estudos científicos também apontam o benéfico da própolis para o fortalecimento do sistema imunológico. O fato de estimular as células imunológicas torna a própolis um potente agente anti-infeccioso. "Ela estimula a produção de células produtoras de anticorpos e globulinas, importantes para pacientes com baixa resistência", diz Sílvio.

Combate os radicais livres: além de possuir ação antioxidante, que bloqueiam a ação dos radicais livres sobre as células saudáveis, a própolis preserva a ação da vitamina C, um potente antioxidante antienvelhecimento.


Função cicatrizante e regeneradora dos tecidos: a presença de flavonoides e aminoácidos, considerados regeneradores dos tecidos, torna a própolis eficaz no tratamento de dermatites, feridas, úlceras e queimaduras. "Sabe-se que a maioria das úlceras gástricas são causadas pelo bacilo Heliobacter pilori, que é altamente sensível à própolis. Isso justifica o seu emprego no tratamento de infecções gástricas", explica o apicurista.



Própolis

Alívio de dores: sua função anestésica faz da própolis um excelente suplemento no combate de amidalites, dores de garganta, dor de dentes, entre outras.

Indicações para utilização da própolis

- Em doenças inflamatórias superficiais, como estomatite, amidalite, gengivite, piorreia alveolar, hemorróidas. No caso de estomatite e inflamações da garganta, o extrato alcoólico traz melhores resultados, uma vez que cria uma película protetora no local onde foi passado;

- Também é indicada para evitar a fadiga, melhorar as ulcerações e inflamações e amenizar os sintomas do reumatismo, do diabetes e da hipertensão;


- Fortalecimento da ação imunológica pela ação de linfócitos, estimulação do organismo enfraquecido, redução dos efeitos colaterais de anti-cancerígenos e radioterapia;


- Prevenção e tratamento de pneumonia crônica e bronquite infantil;


- Tratamento de queimaduras graves e efeitos sobre doenças dermatológicas.


Contra-indicações


Mesmo com tantos benefícios a própolis deve ser usada com cautela: "devemos lembrar que a própolis não é um remédio milagroso para todos os males e, em função de suas propriedades, deve ser utilizada com cautela e só quando necessário", explica.


Também há a dose correta para evitar intoxicações. "Mais de 60 gotas por dia da própolis é considerada uma dose elevada."


Uso oral



Própolis

A própolis para uso oral deve ser preparada sempre por laboratório e apresenta-se usualmente na forma de extratos, spray bucal, pastilhas, balas, suspensão, xaropes, comprimidos e em gotas. A substância jamais deve ser manipulada em casa.

Uso cosmético


Existe uma infinidade de cosméticos à base de própolis, como xampus, cremes faciais e outros. Embora muito eficientes no tratamento de problemas como a caspa, acnes e alergias, devem ser usados somente diante prescrição médica. "Muita gente acha que os cremes e xampus são de uso cosmético e podem ser usados livremente, mas acabam se intoxicando ou intensificando o problema", finaliza o zootecnista.  ...by NATALIA  - 14/01/2010

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Sugador de abelhas sem ferrão

Uma garrafa PET cortado ao meio, com uma mangueira colada com cola quente, rígida e curvada para baixo, de modo a permitir que o operador sugue pela tampa, protegida por tela anti-mosquito, capturando abelhas que ainda não voam.

Após operação, tirar tampa e virar garrafa para baixo, colocando abelhas no seu devido lugar.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Qual a diferença entre abelhas e vespas?

ABELHAS E VESPAS


É verão, você está em um piquenique e aproveita para relaxar um pouco ao sol, depois de comer um sanduíche. De repente, você escuta um zumbido em sua orelha. Preguiçosamente, você dá um tapa no ar e então - ai! - você sente aquela ferroada na bochecha. Enquanto seu rosto arde e começa a inchar, a última coisa que passa por sua cabeça é se aquele inseto chato era uma abelha ou uma vespa.
Mas agora queremos saber. Foi uma abelha ou uma vespa que picou sua bochecha? Qual a diferença entre essas duas criaturas?
bee sting

Um especialista em apiterapia usa veneno de abelha
para tratar a mão de um paciente no centro no Cibubur Bee Center no dia 15 de abril de 2007 em Jacarta, Indonésia

No caso acima, é muito provável que o agressor seja um tipo de vespa. Por quê? Porque as vespas geralmente são mais agressivas e é mais provável que elas invadam lugares públicos atrás de comida. As abelhas são mais delicadas: querem flores, não sanduíches.
Essa é apenas uma maneira de saber se o agressor era uma abelha ou uma vespa. Que outras características definem essas duas criaturas muito similares - ambas da ordem Hymenoptera? Existem mais de 25 mil tipos de vespas e abelhas, mas há diversas maneiras - relativamente simples - de distinguir umas das outras.
Na próxima seção, você aprenderá como as características físicas, hábitos alimentares e os lugares dos ninhos distinguem a abelha da vespa. Você aprenderá também que inseto tem uma cinturinha de pilão e qual tem pernas achatadas e peludas.
Repensar a vingança
É melhor pensar duas vezes antes de se vingar do inseto que picou você: se seu agressor for uma vespa amarela ou uma abelha melífera e seu ninho estiver a aproximadamente 4,5 metros de distância, ele soltará um cheiro específico que alertará seus companheiros do perigo em apenas 15 segundos Eles irão atrás de você e podem picá-lo muitas e muitas vezes 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Egípcio usa ferroadas de abelhas para tratar pacientes na capital Cairo

02/09/2014 10h57 - 

Haj Al Saied Sayeeh diz Hque ferrões têm propriedades especiais.

Sayeeh abriu centro em 2004 e atende pacientes de forma gratuita. O egípcio Haj Al Saied Sayeeh usa picadas de abelhas para tratar problemas de saúde de pacientes que procuram seu centro no Cairo, no Egito.

Egípcio Haj Al Saied Sayeeh usa picadas de abelhas para tratar problemas de saúde no Cairo (Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters)Egípcio Haj Al Saied Sayeeh usa picadas de abelhas para tratar problemas de saúde no Cairo (Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Al Sayeeh acredita que os ferrões das abelhas têm propriedades especiais quando usados em partes específicas do corpo, podendo curar doenças renais, apendicite e até câncer.
Segundo Al Sayeeh, as picadas proporcionam alívio para as pessoas que sofrem de dores reumáticas, inflamação dos nervos e hepatite C, por exemplo.
Ele abriu o centro em 2004 e, desde então, e começou a tratar pacientes de forma gratuita com picadas de abelhas. 
Al Sayeeh acredita que os ferrões das abelhas têm propriedades especiais quando usados em partes específicas do corpo (Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters)Al Sayeeh acredita que os ferrões das abelhas têm propriedades especiais quando usados em partes específicas do corpo (Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
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Centro atende pacientes de forma gratuita (Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters)Centro atende pacientes de forma gratuita (Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters

terça-feira, 17 de junho de 2014

Diversidade Genética e Estrutura de Populações da Abelha

Thankyou Blog's collaborations 
Leilane Abreu and Kaline Valley, biologists

Diversidade Genética e Estrutura de Populações da Abelha Scaptotrigona aff. depilis no Piauí
Teresina
2013

Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.

(Madre Teresa de Calcutá)


RESUMO
VALE, K. A.G. Diversidade Genética e Estrutura de Populações da Abelha Scaptotrigona aff. depilis no Piauí. 2013. 58 p. Dissertação para obtenção do título de Mestre em área de concentração em Genética e Melhoramento – Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, 2013.
As abelhas da tribo Meliponini estão entre os principais polinizadores da flora brasileira, no entanto a maioria das espécies pode estar ameaçada de extinção. Entre elas, encontra-se Scaptotrigona aff. depilis, uma espécie que nidifica em ocos de árvores com colônias bastante populosas. Ainda não foram descritos trabalhos sobre ela no Estado do Piauí, porém, sua importância é ressaltada pelo seu potencial na produção de mel e polinização de culturas, como a do pepino. É necessária a compreensão da dinâmica populacional da espécie para futuras estratégias de manejo e conservação. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar a diversidade genética e a estrutura de populações de Scaptotrigona aff. depilis no Estado do Piauí, com base em marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA). Foram analisadas populações de três municípios do sul do Piauí (Santa Luz, Bom Jesus e Cristino Castro) e uma da região central do estado (Dom Expedito Lopes). Cinco primers foram escolhidos com base na consistência das bandas amplificadas e presença de polimorfismos. Foram identificados 89 locos polimórficos (78,76%) e baixo índice de diversidade genética dentro das populações (HS = 0,1786). Verificou-se que 44,54% da variabilidade genética total encontram-se dentro das populações e 55,46% entre elas. As populações mostraram-se altamente estruturadas, com estatísticas análogas de FST apresentando valores consideravelmente altos (θB = 0,6217 e ΦST = 0,60, p < 0,001). Análises de agrupamento, com base no coeficiente de similaridade de Jaccard, indicaram que a estruturação genética corrobora com a distribuição geográfica da espécie. Além disso, resultados do programa STRUCTURE evidenciaram forte diferenciação entre as amostras provenientes do sul e do centro do estado. Estas diferenças entre as localidades podem estar relacionadas à biologia reprodutiva da espécie, mas também devem sofrer influência da devastação ambiental promovida na região, aumentando o isolamento genético.
Palavras-Chave: Meliponíneos, estrutura genética, isolamento genético, RAPD
IX
ABSTRACT
VALE, K. A. G. Genetic Diversity and Population Structure of the Bee Scaptotrigona aff. depilis on Piauí. In 2013. 58 p. Dissertation to obtain the title of Master of specialization in Genetics and Breeding - Federal University of Piauí, Teresina, Piauí, 2013.
The bees of Meliponini tribe are major pollinators of flora, however most species may be endangered. Among them is Scaptotrigona aff. depilis, which is a species that lives in hollow trees in highly populated colonies. There are no works published on this species in Piauí state, however, its importance is evidenced by its potential for the production of honey and pollination of crops such as cucumber. It is necessary to understand the population dynamics of the species for future management and conservation strategies. This study aimed to analyze the genetic diversity and population structure of Scaptotrigona aff. depilis at Piauí state using RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA) markers. Populations were analyzed in three municipalities from southern Piauí (Santa Luz, Bom Jesus and Cristino Castro) and a central region of the state (Dom Expedito Lopes). Five primers were chosen based on the consistency of the amplified bands and the occurrence of polymorphisms. A total of 89 polymorphic loci (78.76%) were identified and have shown low level of genetic diversity within populations (HS = 0.1786). It was observed that 44.54% of the total genetic variability was found within populations and 55.46% between them. Populations were highly structured, with analogue FST statistics showing values highly significant (θB = 0.6217 and ΦST = 0.60, p <0.001). Clustering analyses based on Jaccard similarity coefficient indicated that genetic structure corroborates with the geographic distribution of the species. In addition, results of the program STRUCTURE showed strong differentiation between samples from the south and center of the state. These differences between locations may be related to reproductive biology of the species, but also should be influenced by the environmental devastation promoted in the region.
Keywords: stingless bees, genetic structure, genetic isolation, RAPD
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Distribuição do gênero Scaptotrigona na Região Neotropical em destaque, de acordo com Camargo e Pedro (2013). Fonte: Modificado do Wikipédia, 2013.....17
Figura 2 – Rainha de Scaptotrigona aff. depilis recém acasalada. Foto: Cristiano Menezes. Disponível em: Santos e Imperatriz-Fonseca em Estratégias reprodutivas dos machos de abelhas melíferas e sem ferrão, 2011...............................................19
Figura 3 – Representação dos alelos de RAPD diferenciando os locus amplificados e não amplificados. Alelo AA (A) com dois alelos amplificados, alelo Aa (B) com apenas um alelo amplificado e alelo aa (C) não apresenta alelo amplificado. Fonte: Modificado do Dag/UFLA, 2013.................................................................................25
Figura 4 - Mapa do Piauí notando a localização dos municípios de onde foram retiradas as amostras de abelhas Scaptotrigona aff. depilis no período de 2013......28
Figura 5 - Exemplo de um padrão de amplificação dos fragmentos RAPD obtidos pelo primer UBC-125 com o DNA das Scaptotrigona aff. depilis de Cristino Castro (CC) e Dom Expedito Lopes (EL), 2013.....................................................................34
Figura 6 - Dendrograma gerado pelas similaridades genéticas entre 49 amostras de abelhas, utilizando o índice de similaridade de Jaccard, e o método de agrupamento UPGMA, Santa Luz (SL), Bom Jesus (BJ), Cristino Castro (CC) e Dom Expedito Lopes (EL)..................................................................................................................36
Figura 7 - Representação gráfica do ΔK mais provável de acordo com Evanno; Regnault e Goudet, (2005)........................................................................................37
Figura 8 - Designação das populações de Scaptotrigona aff. depilis usando a estrutura baseada na alocação das amostras para K=2. 1 e 2 - Santa Luz, 3 a 9 - Bom Jesus, 10 a 19 - Cristino Castro, 20 a 49 - Dom Expedito Lopes......................37
XI
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Classificação taxonômica até a espécie Scaptotrigona aff. depilis. Fonte: Disponível em: http://moure.cria.org.br/catalogue.....................................................17
Tabela 2 – Localização e quantidade de colônias de Scaptotrigona aff. depilis utilizadas. A origem das amostras indicam se as mesmas foram provenientes de meliponários (M) ou de ninhos naturais (N)...............................................................27
Tabela 3 - Marcadores RAPD para a diversidade e estrutura genética das Scaptotrigona aff. depilis. Todas as reações foram realizadas com temperatura de anelamento a 37ºC, Teresina-PI, 2013......................................................................30
Tabela 4 – Primers de RAPD selecionados, com suas respectivas sequências, número de fragmentos amplificados e polimórficos. Teresina, PI, 2013....................33
Tabela 5 - Índices de diversidade genética (hS) para as quatro populações de Scaptotrigona aff. depilis, Teresina, PI, 2013.............................................................34
Tabela 6 - Resumo da análise de variância molecular (AMOVA) para as quatro populações de Scaptotrigona aff. depilis., com todas as amostras de cada colônia, Teresina, PI, 2013......................................................................................................38
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1. INTRODUÇÃO
As abelhas da tribo Meliponini (Hymenoptera, Apidae) são conhecidas como abelhas-sem-ferrão em decorrência de apresentarem ferrão atrofiado. São as principais responsáveis pela polinização da maioria das espécies vegetais do Brasil constituindo um dos principais grupos de polinizadores de plantas floríferas nativas, permitindo a manutenção do equilíbrio ecológico na manutenção de plantas nativas (KOLING; MORETTO, 2010), e têm sido criadas principalmente para a produção de mel, cera, pólen e própolis. Essas abelhas estão distribuídas pelas regiões tropicais do mundo, bem como nas regiões subtropicais do hemisfério sul, sendo importantes do ponto de vista econômico e ambiental (SILVEIRA; MELO e ALMEIDA, 2002).
Dentro dos Meliponini, encontram-se as abelhas pertencentes ao gênero Scaptotrigona (CAMARGO; PEDRO, 2013). Este distribui-se por toda a região Neotropical e apresenta grande diversidade de formas, na qual constituem complexos de difícil separação e espécies ainda não descritas cientificamente. O gênero caracteriza-se por reunir espécies com colônias bastante populosas, as quais constroem seus ninhos em cavidades pré-existentes. São abelhas eussociais e, em geral, robustas (SILVEIRA; MELO e ALMEIDA, 2002).
De acordo com Kerr; Carvalho e Nascimento, (1996), a partir do cerume (mistura de cera com resina), são construídos potes, onde os alimentos, pólen e mel, são armazenados. Essas abelhas misturam material resinoso das plantas com cera e terra, formando o geoprópolis. Neste grupo, a espécie Scaptotrigona aff. depilis apresenta cerca de 100.000 indivíduos dentro de uma colônia. Suas castas são diferenciadas e seus ninhos apresentam arquitetura bem elaborada. Cada colônia é constituída pela rainha, os zangões e as operárias, onde cada um desempenha a sua função (BELLUSCI; MARQUES, 2001). Essas abelhas apresentam um potencial de polinização com algumas culturas de grande importância econômica, como por exemplo, o pepino (SANTOS; ROSELINO e BEGO, 2008), além disso, o mel apresenta um sabor exótico, com aspecto limpo e de boa qualidade, podendo ser explorado, pois a produção é constante ao longo do ano.
Apesar das colônias populosas, muitas espécies de meliponíneos apresentam populações reduzidas, o que compromete sua diversidade, sendo as principais causas dessa redução populacional a destruição dos ambientes naturais causadas por
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desmatamento, uso indiscriminado de agrotóxicos e a ação predatória de meleiros. Com a degradação ambiental, o número de populações de meliponíneos pode desaparecer com grande rapidez (ZAYED, 2009). Essa fragmentação do ambiente leva ao isolamento e/ou redução do tamanho populacional e, consequentemente, à perda da variabilidade genética.
Neste contexto, estudos sobre a estrutura genética das populações podem ser utilizados para auxiliar no direcionamento de políticas de conservação. Os parâmetros genético-populacionais estimados com base em marcadores moleculares podem ser úteis para a conservação da espécie. Sendo assim, estes podem atuar na detecção de grupos que apresentem diferentes magnitudes de variabilidade genética e que, portanto, requerem estratégias distintas para a sua conservação (ZAYED, 2009).
A biologia molecular é uma ferramenta importante que vem sendo utilizada em diversos estudos na genética de populações de insetos, através dos marcadores moleculares. Esses marcadores permitem fazer distinção diretamente em nível de DNA acessando a variabilidade genética em diversas espécies. Estes não sofrem influência de fatores ambientais e mostram alto nível de polimorfismo (FERREIRA; GRATTAPAGLIA, 1998).
Atualmente existe grande variedade de marcadores moleculares disponíveis para diferentes estudos genéticos. Entre eles está o RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA), que permite a ampliação de fragmentos de DNA delimitados por primers com sequências curtas e arbitrárias. Estes se hibridizam em sequências complementares no DNA, sendo detectadas variações produzidas por mutações nos sítios de hibridização, ou mesmo por inserções e deleções entre os sítios (CERUTI; LÁZZARI, 2003). A técnica de RAPD apresenta muitas vantagens metodológicas que justificam sua utilização em estudos genéticos de diferentes organismos, quando comparado com outras metodologias, pois não necessita de trabalhos preliminares, como exemplo a construção de bancos genômicos. Apresenta um custo relativamente baixo e permite detectar grande quantidade de polimorfismo de segmentos de DNA distribuídos no genoma (CASTIGLIONI; BICUDO, 2003).
O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a diversidade genética e a estrutura de populações de Scaptotrigona aff. depilis no Estado do Piauí utilizando os marcadores moleculares do tipo RAPD.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Abelhas-sem-ferrão
As abelhas constituem o principal grupo de polinizadores de plantas floríferas em diversos ecossistemas e contribuem na manutenção do equilíbrio ecológico e perpetuação de um grande número de espécies de plantas em diversos ecossistemas, garantido a disponibilidade de alimentos para outros animais que dependem dessas plantas (KOLING; MORETTO, 2010). Considera-se que as abelhas tenham divergido das vespas no Cretáceo Mediano, há cerca de 100 milhões de anos, no entanto, os fósseis mais antigos, datam do Eoceno, há aproximadamente 40 milhões de anos (WINSTON, 2003).
As abelhas estão inclusas na ordem Hymenoptera, juntamente com vespas e formigas. De acordo com Ascher et al. (2008), existem mais de 19.500 espécies de abelhas no planeta. Essas abelhas estão distribuídas em 425 gêneros pertencentes a sete famílias (MICHENER, 2000).
De acordo com Nogueira-Neto (1997), as abelhas podem ser reunidas na superfamília Apoidea, a qual é constituída por diversas famílias. Dentro desta, a família Apidae apresenta o maior número de tribos. Esta família é dividida em cinco subfamílias: Andreninae, Apinae, Colletinae, Halictinae e Megachilinae. A subfamília Apinae, está dividida em 20 tribos, entre elas os Meliponini, a qual é composta por 412 espécies, reunidas em 33 gêneros (CAMARGO; PEDRO, 2013). No entanto, este número é subestimado, pois há um grande número de espécies existentes e ausência de estudos de alguns gêneros (MICHENER, 2007).
Estas abelhas são as principais responsáveis pela polinização da maioria das espécies vegetais do Brasil e são responsáveis por cerca de 40 a 90% da polinização das árvores nativas (MORAES; BAUTISTA e VIANA, 2000). Entre as principais espécies polinizadas estão o coco, macadâmia, manga, mapati, urucum (HEARD, 1999), morangos (MALAGODI-BRAGA; KLEINERT, 2004), tomate (MACIAS; QUEZADA-EUAN e PARRA-TABLA, 2001) e pimentão (CRUZ et al., 2003). Elas são
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consideradas polinizadores eficientes por apresentarem adaptações para a coleta de recursos florais, sendo criadas principalmente para a produção de mel, cera, pólen e própolis, além de estarem presentes em todo o território nacional (MICHENER, 2007).
As abelhas-sem-ferrão apresentam grande diversidade genética, morfológica e comportamental (KERR et al., 2001). Apresentam porte minúsculo a médio, com tamanho que varia entre 1,8 a 13,5mm, em geral com características robustas. São distintas de outras abelhas corbiculadas por apresentarem venação das asas reduzidas e ferrão vestigial (MICHENER, 2007). As espécies existentes são eussociais (MICHENER, 2007; SILVEIRA; MELO e ALMEIDA, 2002), caracterizando-se pela sobreposição de gerações dentro do ninho e pela divisão do trabalho reprodutivo entre castas (MICHENER, 2000). Suas colônias são bastante numerosas podendo variar de 800 a 100.000 abelhas. A colônia é dividida em algumas áreas: (I) o ninho, os quais são construídos em cavidades pré-existentes como, ocos de árvores, ninhos abandonados de cupins e formigas, ou mesmo ninhos expostos, os quais são construídos com uma mistura de cera, própolis e barro denominada cerume; (II) a entrada, constituída por um orifício situado no centro de raias de barro ou de geoprópolis, no interior existe outro tubo, denominado túnel de ingresso, (III) o túnel de ingresso desemborca perto do lugar onde estão as células de cria, que depois de enchidas na maior parte de sua capacidade com alimento larval, as células de cria recebem um ovo e em seguida fechadas, e (IV) a região dos potes de alimento, localizados fora da região de cria feitos de cerume ou de cera, onde são armazenados os alimentos energético e proteico utilizado para colônia (NOGUEIRA-NETO, 1997). A parte interior das colônias é constituída dos batume, mistura de ceras, resina e materiais coletados no meio ambiente, o qual manterá um local escuro dentro da colônia (MICHENER, 2000; GONÇALVES; MARQUES, 2012).
A cera dos meliponíneos é secretada pelas abelhas jovens a partir de glândulas presentes no dorso do abdome, que formam uma placa de cera branca sobre esta região. Alguns meliponíneos usam a cera branca na entrada do seu ninho. Além disto, a cera também pode ser misturada com material resinoso de planta ou terra, o produto dessa mistura é denominado de geopropólis (ARAÚJO et al., 2010).
A reprodução das abelhas-sem-ferrão ocorre através da enxameagem. Durante a reprodução as operárias deixam a colônia original e procuram um local adequado para a construção de novo ninho. Ao encontrá-lo as abelhas informam a localização às
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demais. Em seguida as operárias migram para o local, levando o cerume retirado da colônia original e iniciam a construção do novo ninho. Quando o ninho está pronto à rainha recém-acasalada e as operárias migram para a nova colônia. A enxameagem ocorre a curtas distâncias da colônia matriz, pelo fato das abelhas necessitarem ainda transportar cera e alimento para o novo local da nidificação (CARVALHO-ZILSE; KERR, 2004). Essa relação impede que as abelhas se dispersem para grandes distâncias, pois a colônia permanece sempre no mesmo local até o fim do seu ciclo de vida (ALVES; IMPERATRIZ-FONSECA, 2010).
Em relação aos mecanismos de determinação do sexo em Hymenoptera, o principal é a haplodiploidia, onde os machos haploides são produzidos por partenogênese e fêmeas diploides resultam do desenvolvimento de ovos fecundados (CROZIER, 1977).
2.2. Meliponicultura no Brasil
O manejo racional de abelhas-sem-ferrão é chamada de meliponicultura, na qual as colmeias são produzidas pelos próprios criadores onde a forma e a dimensão irá variar de acordo com a biologia da espécie, sendo uma atividade de desenvolvimento sustentável (YAMAMOTO; AKATSU e SOARES, 2007; SANTOS, 2010). Venturieri (2004), afirma ser uma atividade que pode ser integrada a plantios florestais, de fruteiras e/ou culturas de ciclo curto, ou que pode aumentar a produção agrícola. No entanto é importante que essas abelhas não sejam criadas fora da região geográfica de ocorrência natural, caso contrário elas podem não se adaptar às novas condições ambientais e morrer (PEREIRA; LOPES e SOUZA, 2010).
No Brasil, os Meliponini representam uma fonte de renda para o produtor, com a venda de mel, reprodução, venda de colmeias (CARVALHO; ALVES e SOUZA, 2003) e programas de educação ambiental, podendo ser executada por mulheres, jovens e idosos, já que não exige tanta dedicação e esforço físico, pois as abelhas são animais que buscam livremente seu alimento na natureza (VENTURIERI, 2004).
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O desenvolvimento da meliponicultura é proporcionado pelo sabor diferenciado do mel dessas abelhas, caracterizado internacionalmente como exótico, além da sua utilização em tratamento de bronquites, resfriados e infecções oculares, além de apresentar importância social, através do desenvolvimento sustentável, no manejo de abelhas em caixas racionais, complementando a renda de inúmeras famílias (VIT; MEDINA; ENRÍQUEZ, 2004; YAMAMOTO; AKATSU e SOARES, 2007).
2.3. Gênero Scaptotrigona
Dentro da tribo Meliponini, encontram-se as abelhas pertencentes ao gênero Scaptotrigona. De acordo com Pedro e Camargo (2013), a tabela 1 mostra a classificação taxonômica dessas abelhas.
Tabela 1 - Classificação taxonômica até a espécie Scaptotrigona aff. depilis. Fonte: Disponível em: http://moure.cria.org.br/catalogue.
Camargo e Pedro (2013) Família SubFamília Tribo Gênero Espécie
Apidae
Apinae
Meliponini
Scaptotrigona
Scaptotrigona aff. depilis
Atualmente são descritas 22 espécies de Scaptotrigona distribuídas por toda a região Neotropical (Figura 1) (CAMARGO; PEDRO, 2013). Essas abelhas apresentam uma grande diversidade de formas, com complexos de difícil separação, o que tem como consequência um grande número de espécies ainda não descritas (SILVEIRA; MELO e ALMEIDA, 2002).
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Figura 1 - Distribuição do gênero Scaptotrigona na Região Neotropical em destaque, de acordo com Camargo e Pedro (2013). Fonte: Modificado do Wikipédia, 2013.
O gênero Scaptotrigona reúne espécies com colônias bastante populosas, que constroem seus ninhos em cavidades pré-existentes. As abelhas no geral são robustas e as operárias desse gênero se caracterizam por apresentar o corpo com pigmentação escura, cujo tamanho varia entre 5 a 7 mm (MICHENER, 2000) e são responsáveis em recolher pólen, néctar e resinas, os quais são armazenados dentro do ninho para alimentar abelhas novas e adultas (FARIA et al., 2012). O alimento, pólen e mel são armazenados em potes ovalados e a resina colocada em pilhas (JUNGNICKEL et al., 2004).
As Scaptotrigona, assim como todas as abelhas sociais, apresentam uma grande interação social dentro e fora dos ninhos, além de terem a capacidade de reconhecer companheiras, distinguindo-as de indivíduos de outras colônias. Embora apresentem ferrão atrofiado, essas abelhas defendem-se de outras formas, enrolando-se no cabelo ou pêlo de vertebrados, beliscando a pele, ou mesmo liberando feromônio que atraem outras abelhas para o ataque.
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Entre os meliponíneos a espécie S. aff. depilis (Figura 2) apresentam grandes colônias com cerca de 100.000 indivíduos. Suas castas são extremamente diferenciadas e ninhos são encontrados em locais bem protegidos, como por exemplo, nas cavidades de árvores, os quais apresentam uma arquitetura elaborada, cuja comunicação com o ambiente é realizada por meio de túnel estreito. Cada colônia é constituída por uma rainha, que põe os ovos, os machos, que estão presentes durante a fase reprodutiva, e as operárias responsáveis por atividades de manutenção da colônia, defesa dos ninhos, as quais são bastante defensivas, coleta do néctar e pólen, assim como a remoção de resíduos das colônias (BELLUSCI; MARQUES, 2001). As operárias são de porte pequeno, medindo menos de 7mm de comprimento e tórax menor que 2mm, com fenótipo preto fosco com asas claras e venação dourada (DIAS, 2011). Na busca de alimentos as operárias liberam marcas odoríferas durante o percurso. Essas marcas odoríferas funcionam como atrativos, interpretados como o ponto final do caminho da fonte de alimento (SCHMIDT; ZUCCHI; BARTH, 2006).
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Figura 2 – Rainha de Scaptotrigona aff. depilis recém acasalada. Foto: Cristiano Menezes. Disponível em: Santos e Imperatriz-Fonseca em Estratégias reprodutivas dos machos de abelhas melíferas e sem ferrão, 2011.
No Brasil a presença de S. aff. depilis já foi registrada nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais (CAMARGO; PEDRO, 2013; DIAS, 2011), não havendo ainda registro de sua distribuição no Piauí.
Essa espécie tem se destacado na polinização de culturas de estufa com importância econômica e social, como o pepino (SANTOS; ROSELINO e BEGO, 2008). Em relação ao mel produzido por estas, estudos mostraram que ele apresenta-se limpo e de boa qualidade, além de ter uma produção constante ao longo do ano. Sendo uma vantagem ao produtor que consegue obter aproximadamente a mesma quantidade de mel a cada retirada, sendo a produção média de três litros em um ano por colônia/ano (YAMAMOTO; AKATSU e SOARES, 2007). Comercialmente no ano de 2005, o litro de mel meliponíneos variou de R$20,00 a R$100,00 no mercado (ALVES et al., 2005).
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2.4. Importância das abelhas para a conservação da flora
Os insetos coevoluíram juntamente com as flores com benefícios para ambos os grupos. Ridley (2006) mostra que a coevolução ocorre quando duas ou mais espécies são capazes de influenciar as evoluções umas das outras, onde cada uma exerce uma pressão seletiva e evolui em resposta à outra espécie, sendo pronunciada para explicar a adaptação mútua de duas espécies. As abelhas obtêm seu alimento nas flores, as quais se beneficiam desta interação produzindo frutos com maior diversidade genética (OLLERTON; WINFREE; TARRANT, 2011).
Segundo Proctor; Yeo e Lack (2004), a polinização da maioria das plantas requer animais, como pássaros, mamíferos e insetos. Cruz e Campos (2009) mostraram que as abelhas-sem-ferrão são os insetos sociais mais promissores para o uso como polinizadores comerciais. Essas abelhas desempenham um importante papel para a manutenção da biodiversidade dos ecossistemas, sendo responsáveis pela polinização de grande parte das árvores brasileiras. Estudos de desenvolvimento em formação florestais vem indicando esse caráter de importância dos meliponíneos.
Na busca de recursos florais, essas abelhas visitam um espectro diversificado de flores, transportando involuntariamente grãos de pólen e consequentemente garante a reprodução das espécies vegetais (SILVA; PAZ, 2012). Estima-se que elas sejam responsáveis por 40% a 90% da polinização das espécies florestais nativas. Além de produzir mel e alguns produtos medicinais, elas auxiliam no reflorestamento. No Brasil, 78% das espécies vegetais do cerrado são polinizadas, primária ou secundariamente, por abelhas, assim como na caatinga (CASTELLETI et al., 2000).
Economicamente, as abelhas não são importantes somente pelos produtos que nos fornecem, mas estima-se que um terço da alimentação humana dependa direta ou indiretamente da polinização realizada por elas, como por exemplo nas culturas de morango, tomate, berinjela, açaí, pimenta, entre outros (VILLAS- BÔAS, 2012). De acordo com Kremen; Williams e Thorp (2002) e Guimarães (2006), nas áreas agrícolas as abelhas polinizam aproximadamente 66% das 1.500 espécies de plantas no mundo, resultando em um valor estimado de 15 a 30% na produção de alimentos. A polinização de algumas espécies vegetais nativas
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cultivadas nas regiões tropicais e subtropicais promove o cruzamento entre plantas separadas por grandes distâncias, garantindo a manutenção do ciclo de reprodução sexuada das plantas e, consequentemente, a disponibilidade de alimento para outros animais.
Portanto, é primordial o estudo e a criação das abelhas-sem-ferrão, pelo fato de serem as principais responsáveis pela polinização da flora. Estas auxiliam diretamente nos programas de reflorestamento, melhoria do pasto apícola e contribuem nos rendimentos da fruta e semente.
2.5. Impactos da destruição ambiental sobre a fauna de abelhas
A ocupação do ambiente pelo homem causa impactos nas comunidades locais de abelhas, por meio da eliminação de fontes de alimento, destruição de substratos de nidificação, uso indiscriminado de agrotóxicos, queimadas, desmatamento desordenado, entre outros (ZAYED, 2009). Apesar das colônias populosas, muitas espécies de meliponíneos, apresentam populações reduzidas, o que compromete sua diversidade. Silveira; Melo e Almeida (2002), concluíram que à medida que as florestas são derrubadas e substituídas por plantio ou mesmo áreas urbanas, as espécies de abelhas que dependem diretamente desses ambientes são extintas ou confinadas a pequenos fragmentos. Consequentemente pode ocorrer o desaparecimento dessas abelhas por problemas de escassez de recursos, aumento da endogamia pela redução populacional, competição ou predação, levando à perda da variabilidade genética.
Essas abelhas são sensíveis a perturbações ambientais e dependem das características climáticas e da flora de suas regiões de origem. Além disso, o processo de dispersão natural pode ser considerado lento. No entanto, o desmatamento desordenado ocasiona a falta de locais para nidificação das espécies, pois os locais utilizados pelas abelhas são principalmente ocos de árvores. A falta desses ocos de árvores ou fendas para a nidificação gera um desequilíbrio populacional ou mesmo a extinção da espécie (FREITAS et al., 2009; BRASIL, 2009).
Leal; Tabarelli e Silva (2003), afirmaram que na caatinga, a diversidade de abelhas é relativamente baixa, entretanto existe uma fauna de abelhas formada por várias espécies endêmicas, o que ressalta valor da sua preservação. Nas áreas de caatinga arbórea, por exemplo, é possível a existência restrita de uma fauna associada ao atual quadro de devastação dessa vegetação.
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Para manter a população geneticamente estável é necessário incentivar as criações racionais, conhecidas como meliponicultura, permitindo associar a exploração comercial com a manutenção da espécie (CAMPOS, 1994). Sua preservação pode ser conquistada não somente por meio de aspectos ecológicos, mas também com o auxílio da genética de populações. Além de repassar aos agricultores as informações sobre a importância da relação entre produção e conservação dos habitats dessas abelhas, a principal limitação para aumentar sua conservação e o interesse comercial sobre as mesmas é a falta de técnicas de reprodução em massa associada à baixa taxa de reprodução das colônias (SLAA; SÁNCHEZ CHAVES e MALAGODI-BRAGA, 2006).
2.6. Marcadores moleculares como ferramenta de estudo para conservação
Na década de 60, estudos de polimorfismos nas populações eram realizados por meio de marcadores baseados nos fenótipos dos indivíduos. Esses marcadores (conhecidos como marcadores morfológicos) representam um número restrito dentro de linhagens com acesso reduzido a poucas espécies. Além disso, são afetados pelas influências ambientais, o que torna as variantes fenotípicas raras, classificando as populações como geneticamente homogêneas (FUTUYMA, 1992; FERREIRA; GRATTAPAGLIA, 1998).
Após o surgimento de técnicas modernas de biologia molecular, como por exemplo, a reação em cadeia de polimerase (PCR) descrita por Kary Mullis em meados da década de 80, surgiram diversos métodos para verificar polimorfismo genético de DNA. Esta técnica pode ser utilizada em diversas metodologias para detectar e analisar a variabilidade genética a nível molecular, inclusive em estudos relativos à conservação por meio dos marcadores moleculares. O princípio da utilização desses marcadores é baseado no dogma central da biologia molecular, com a vantagem de se obter polimorfismo genético, identificação direta do genótipo sem influência do ambiente e gerar maior quantidade de informação genética por loco (FALEIRO, 2007).
Os marcadores moleculares são locos gênicos que apresentam variabilidade e podem ser utilizados para detectar diferenças entre dois ou mais indivíduos, duas ou mais populações (AVISE, 1994; SILVA; RUSSO, 2000). Segundo Waldschmidt
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(2000), constituem ferramentas de grande importância para o conhecimento biológico e populacional das espécies. Geralmente são marcadores neutros em relação a efeitos fenotípicos (FERREIRA; GRATTAPAGLIA, 1998). Esses marcadores têm sido utilizados em estudos evolutivos, ecológicos, filogenéticos e taxonômicos, como por exemplo, em estudo de análise genética em abelhas Melipona quadrifasciata Lep, por meio de marcadores RAPD, com objetivo de distinguir duas subespécies (WALDSCHMIDT et al., 2002). O desenvolvimento dos marcadores moleculares tem sido rápido e a possibilidade de amplificação dos segmentos de DNA por meio da PCR desvendou o paradigma da inferência do genótipo através do fenótipo (CASTIGLIONI; BICUDO, 2003).
A partir da década de 90, novas técnicas de biologia molecular passaram a fornecer maior número de marcadores do que os que estavam disponíveis. Com isso, acentuaram-se grandemente os estudos de sistemáticas, transmissão genética e genética de populações, inclusive em abelhas (HALL, 1991).
Estudos sobre a estrutura genética das populações podem ser utilizados para auxiliar no direcionamento de políticas de gerenciamento. Os parâmetros genético-populacionais estimados com base em marcadores moleculares podem ser úteis para a conservação da espécie, bem como na elaboração de uma regulamentação que vise seu uso sustentável. Sendo assim, estes podem atuar na detecção de grupos que apresentem diferentes magnitudes de variabilidade genética e que, portanto, requerem estratégias distintas para a conservação dos meliponíneos (AVISE; HAMRICK, 1996).
Entre os diversos marcadores genéticos existentes, os marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA) têm sido eficazes para distinguir subespécies de várias espécies de abelhas (SUAZO; MACTIERNAN e HALL, 1998; WALDSCHMIDT, 2000; OLIVEIRA et al., 2004). Em 1990, surgiu a ideia de se utilizar primers de sequências curtas e arbitrária durante a reação de amplificação, eliminando o conhecimento prévio da sequência a ser amplificada (SUAZO; MACTIERNAN e HALL, 1998; LOPES et al., 2002). Esses primers quando submetidos a temperaturas ideais se hibridizam com sequências genômicas complementares. Essa técnica foi desenvolvida por Williams et al. (1990), o qual patentearam a tecnologia denominando-a RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA) e Welsh e Mcclelland (1990), que propuseram o nome de AP-PCR (Arbitrarily Primed Polymerase
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Chain Reaction), assim como DAF (DNA Amplification Fingerprinting), nome proposto por Caetano-Anollés Bassam e Gresshoff, (1991a,b), com o objetivo de detectar diferenças genéticas entre organismos.
A amplificação desse marcador ocorre quando no genoma existem dois sítios complementares ao primer, localizados em regiões opostas e distantes entre si. O iniciador pode encontrar várias regiões complementares à sua sequência, e consecutivamente, mostrar vários locos. Ferreira e Grattapaglia (1998) dizem que os primers arbitrários dirigem a síntese dos segmentos de DNA simultaneamente em diversos pontos do genoma, o qual será representado em bandas no gel. Os fragmentos obtidos são separados por eletroforese em gel de agarose.
O polimorfismo apresentando pelos marcadores RAPD é gerado a partir de mutações ou rearranjos entre dois sítios ou mesmo no próprio sítio de hibridização dos dois primers (LOPES et al., 2002), sendo de natureza binária, onde o segmento está presente ou ausente nos fragmentos ou bandas do gel. Evidências mostram diferenças de apenas um par de bases, ou seja, mutações em ponto, as quais são suficientes para causar a não complementariedade do primer com o sítio de iniciação, o que impede a amplificação de um segmento (CASTIGLIONI; BICUDO, 2003).
O número de marcadores RAPD amplificados e visualizados na eletroforese está teoricamente ligado ao comprimento do primer, assim como tamanho e complexidade do genoma. A técnica de RAPD produz segmentos a partir da amplificação onde a complementariedade entre o primer e o sítio de iniciação no DNA molde é mais elevada (CASTIGLIONI; BICUDO, 2003).
O RAPD caracteriza-se como um marcador genético dominante. Não é possível distinguir um indivíduo heterozigoto para determinado loco de um indivíduo homozigoto dominante, ou seja, olhando para o gel não tem como distinguir se o segmento originou-se de uma ou duas cópias de sequências amplificadas. Sendo no gel alelos de um mesmo loco revelados pela presença ou ausência de uma banda, o genótipo homozigoto recessivo é identificado pela ausência e o homozigoto e dominante e heterozigoto pela presença da banda no gel (Figura 3). O RAPD não apresenta sensibilidade quantitativa para diferenciar os dois casos, portanto o genótipo homozigoto recessivo (aa) é identificado pela ausência da banda no gel e o homozigoto dominante e
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heterozigoto os quais revelam bandas no gel, é colocado na mesma classe fenotípica (FERREIRA; GRATTAPAGLIA, 1998; CASTIGLIONI; BICUDO, 2003).
Figura 3 – Representação dos alelos de RAPD diferenciando os locus amplificados e não amplificados. Alelo AA (A) com dois alelos amplificados, alelo Aa (B) com apenas um alelo amplificado e alelo aa (C) não apresenta alelo amplificado. Fonte: Modificado do Dag/UFLA, 2013.
O RAPD apresenta algumas vantagens em relação a outros marcadores, como: baixo custo, técnica simples e acessível com sequências repetitivas do genoma e revela níveis altos de polimorfismo genético. Como já mencionado, não é necessário o
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conhecimento prévio das sequências de nucleotídeos no qual flanqueia a sequência de DNA de interesse, pois um conjunto único de primers arbitrário pode ser utilizado para qualquer organismo. Assim, também não é necessária a construção de bancos genômicos. Essa técnica tem sido aplicada também quando há escassez de DNA, pois pode ser realizada a partir de uma baixa quantidade de material para análise genotípica do indivíduo. Outra vantagem é a geração de uma grande quantidade de polimorfismo de segmentos de DNA distribuídos no genoma. Entretanto, esses marcadores apresentam suas limitações, pois não permitem a distinção entre genótipos homozigotos e heterozigotos dominantes e a reprodutibilidade dos fragmentos gerados tem se mostrado sensíveis a pequenas modificações nos componentes da reação, como a quantidade e a qualidade de DNA, a concentração de íons magnésio e a concentração da enzima Taq polimerase. Portanto, deve-se buscar uma padronização da reação e a utilização de um método de separação dos fragmentos de alta resolução (LOPES et al., 2002; CASTIGLIONI; BICUDO, 2003) .
Esses marcadores têm sido utilizados em estudos populacionais. Em abelhas são utilizados como ferramenta para estudos da genética, sistemática, ecologia de populações, variabilidade genética e distância genética (SUAZO; MACTIERNAN e HALL, 1998; OLIVEIRA et al., 2004). Vasconcelos (1998), utilizando marcadores RAPD, determinou as distâncias genéticas entre populações de Melipona rufiventris, identificando a presença de três grupos entre as populações estudadas. Além disso, o marcador pode ser utilizado para identificar e discriminar indivíduos, cultivares, variedades, subespécies e espécies (NIGATO, 2000, WALDSCHMIDT, 2000, GHANY; ZAKI, 2003). Suzuki et al. (2006), também utilizaram esse marcador para analisar as similaridades genéticas em Euglossa truncata, assim como, Waldschmidt et al. (2002) que realizou análise genética de Melipona quadrifasciata Lep. e concluiu um alto grau de similaridade genética entre as abelhas provenientes de diferentes regiões. De acordo com a distância genética dois grupos podem ser distinguidos, um pertencente à subespécie Melipona quadrifasciata quadrifasciata (região de Santa Catarina) e outro pertencente à subespécie Melipona quadrifasciata anthidioides (demais regiões amostradas).
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3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Amostragem
Foram utilizados 49 espécimes de Scaptotrigona aff. depilis, provenientes de quatro municípios do Estado do Piauí: Dom Expedido Lopes, Bom Jesus, Cristino Castro e Santa Luz (Tabela 2 e Figura 4). As abelhas adultas foram coletadas diretamente na entrada das colônias de ninhos naturais ou em meliponários, as quais foram trazidas vivas para o laboratório ou fixadas em
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etanol P.A. dentro de tubos criogênicos de 2,0 mL. Os tubos foram identificados e, em seguida, o material foi estocado em freezer a -20°C para posterior extração do DNA total.
Indivíduos extras foram coletados das colônias e encaminhados ao Laboratório de Zoologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP, para identificação e confirmação da espécie.
Tabela 2 – Localização e quantidade de colônias de Scaptotrigona aff. depilis utilizadas. A origem das amostras indicam se as mesmas foram provenientes de meliponários (M) ou de ninhos naturais (N).
Município
Origem
Coordenadas geográficas


Figura 4 - Mapa do Piauí notando a localização dos municípios de onde foram retiradas as amostras de abelhas Scaptotrigona aff. depilis no período de 2013.
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3.2. Extração de DNA
O DNA genômico das abelhas foi extraído no Laboratório de Genética da Universidade Federal do Piauí, Campus Profª. Cinobelina Elvas, através do kit de extração Qiagen QIAamp® DNA Mini Kit (250), com as modificações descritas abaixo.
Foram utilizados a cabeça e o tórax de cada indivíduo, os quais foram individualmente fragmentados com auxílio de bisturi e armazenados dentro de microtubos de 1,5 mL. A cada amostra foi adicionado 90 μL de tampão ATL e 20 μL de proteinase K fornecidos com o kit. Os microtubos com as amostras foram agitados em vórtex e incubados a 56°C por quatro horas. Após a incubação as amostras foram centrifugadas a 1 minuto a 8000 rpm. Em seguida adicionou-se 100 μL de tampão AL sendo o material agitado em vórtex e incubado a 70°C por 10 minutos. Após essa incubação, foram adicionado 100 μL de álcool absoluto, levando os microtubos ao vórtex e, em seguida a uma centrifugação a 1 minuto por 8000 rpm. O sobrenadante foi transferido para um novo tubo contendo um filtro de membrana de sílica. Em seguida foi centrifugado a 1 minuto a 8000 rpm. O filtrado foi descartado e adicionou-se 300 μL de tampão AW1, na qual foi levado à centrífuga por 1 minuto a 8000 rpm. O filtrado foi descartado e adicionou-se 500 μL de tampão AW2, também fornecido com o kit. Novamente o material foi centrifugado por 3 minutos a 14000 rpm. O tampão foi despejado (o processo foi repetido, para remoção total do tampão AW2) e o tubo com filtro foi colocado em outro microtubo de 1,5mL, no qual foi adicionado 50 μL de tampão AE para conservação do DNA. Nesta fase a amostra ficou 5 minutos em temperatura ambiente e em seguida foi à centrífuga a 1 minuto por 8000 rpm para a recuperação do DNA. As amostras foram estocadas em freezer a -20°C para procedimentos posteriores.
A integridade e a pureza do DNA extraídos foram verificadas por meio da quantificação em gel de agarose a 0,8%. Os géis foram corados com brometo de etídeo e em seguida visualizados em transluminador.
3.3. Marcadores RAPD
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Inicialmente foram avaliados 34 marcadores RAPD, desenhados pela University of Britsh Columbia (Tabela 3) os quais foram testados em amostras de DNA escolhidas aleatoriamente. Cada um foi testado em Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em volume final de 10 μL contendo os seguintes componentes: tampão de PCR a 1; MgCl2 a 3,0 mM; dNTP a 0,8 μM; primer a 0,8 μM, 1 U de Taq DNA polimerase; 0,5 μL (~5 ng) de DNA genômico e água ultrapura q.s.p. 10 μL. O programa de amplificação consistiu de desnaturação inicial de 5 minutos a 94ºC, seguida de 40 ciclos com desnaturação de 40 segundos a 94ºC, 1 minuto a 37ºC para anelamento e 2 minutos a 72ºC para extensão. Foi realizada uma etapa de extensão final de 10 minutos a 72ºC. A reação foi realizada em termociclador MG96 (Biocycler).
Tabela 3 - Marcadores RAPD para a diversidade e estrutura genética das Scaptotrigona aff. depilis. Todas as reações foram realizadas com temperatura de anelamento a 37ºC, Teresina-PI, 
3.4. Genotipagem
A genotipagem foi realizada por eletroforese em gel de agarose a 1,5%, seguida de banho em brometo de etídeo e visualização no transluminador L.PIX (Loccus Biotecnologia).
As informações moleculares obtidas nos géis foram convertidas em dados binários, onde a presença e ausência de bandas foram codificadas, respectivamente com os valores 1 e 0.
3.5. Análise estatística
A partir dos dados gerados em análise direta no gel, foi possível verificar a taxa de polimorfismo após a contagem de quantos locos polimórficos estavam presentes entre o número total de locos amplificadas. Além disso, a taxa de polimorfismo foi avaliada para cada população isoladamente.
O programa HICKORY 1.1, que implementa o método Bayesiano descrito por Holsinger; Lewis e Dey, (2002), foi usado para estimar heterozigosidades (HS), θB (um análogo FST) entre locais de amostragem e o GST-B análogo ao GST de Nei.
A análise de variância molecular (AMOVA) para as quatro populações foi realizado para determinar ΦST, outro análogo FST, utilizando ARLEQUIN 3.0 (EXCOFFIER; LAVAL; SCHNEIDER, 2005). O AMOVA foi configurado agrupando-se as populações em (a) região central (Dom Expedito Lopes) e (b) região sul do Piauí (Bom Jesus, Cristino Castro e Santa Luz).
O programa STRUCTURE versão 2.2 (PRITCHARD; STEPHENS; DONNELLY, 2000) foi utilizado para definir o número de grupos (K) mais provável nas amostras coletadas, por meio de métodos bayesianos sem informações a “priori” sobre a origem das amostras. Foram utilizadas 100.000 simulações de Cadeias de Markov Monte Carlo com burn in de 200.000 e modelo de ancestralidade no admixture. Foram testados valores de K variando de 1 a 8. A determinação do K mais provável em relação aos propostos foi realizada utilizando valores de ΔK (EVANNO; REGNAULT; GOUDET, 2005). A similaridade genética entre as amostras foi estimada utilizando o programa PAST (HAMMER; HARPER; RYAN, 2001) de acordo com o coeficiente de similaridade de Jaccard. A análise de agrupamento foi realizada no conjunto de dados para a
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construção de um dendrograma utilizando o método de Ligação Média entre Grupos (UPGMA) para determinar a relação genética entre as amostras. Foram utilizadas 10.000 repetições de bootstrap para verificar a confiabilidade do dendrograma gerado.
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4. RESULTADOS
4.1. Perfil dos marcadores RAPD
Dos 34 primers de RAPD testados, apenas cinco apresentaram sucesso nas amplificações e presença de polimorfismos. Destes marcadores foram amplificados um total de 113 bandas (locos), sendo 89 polimórficas (78,76%). Os detalhes de cada marcador encontram-se descritos na Tabela 4, e o padrão de bandas de RAPD obtido pelos mesmos está representado na Figura 5, pelo primer UBC 125. Foi observada uma variação de 17 a 28 bandas amplificadas, com média de 22,6 por primer.
Tabela 4 – Primers de RAPD selecionados, com suas respectivas sequências, número de fragmentos amplificados e polimórficos. Teresina, PI, 2013.
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Nº de fragmentos
Primer
Sequências
Amplificados
Polimórficos
UBC-13
5’-CCTGGGTGGA-3’
17
13
UBC-125
5’-GCGGTTGAGG-3’
28
24
UBC-243
5’-GGGTGAACCG-3’
24
20
UBC-272
5’-AGCGGGCCAA-3’
18
12
UBC-564
5’-CGGCGTTACG-3’
26
20
Total
113
89
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Figura 5 - Exemplo de um padrão de amplificação dos fragmentos RAPD obtidos pelo primer UBC-125 com o DNA das Scaptotrigona aff. depilis de Cristino Castro (CC) e Dom Expedito Lopes (EL), 2013.
4.2. Diversidade genética
Os índices de diversidade genética dentro de cada população (hS) de S. depilis, variaram de 0,172 a 0,190 com média geral (HS) entre as populações de 0,179 (Tabela 5).
Tabela 5 - Índices de diversidade genética (hS) para as quatro populações de Scaptotrigona aff. depilis, Teresina, PI, 2013.
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Populações
hs
Bom Jesus
0,172
Cristino Castro
0,176
Dom Expedito Lopes
0,177
Santa Luz
0,190
Média (Hs)
0,179
O coeficiente de diferenciação gênica GST-B foi de 0,5546, demonstrando 55,46% da variabilidade genética entre populações. Assim a diversidade gênica das populações (Hs= 0,1786) foi responsável por 44,54% da diversidade gênica total.
As análises de diferenciação populacional mostraram que as populações estão altamente diferenciadas, com θB igual a 0,6217.
4.3. Similaridade genética e estrutura populacional
Os índices de similaridade obtidos por meio do coeficiente de Jaccard entre as populações (ANEXO 1) revelou variação de 0,25 a 1,0, apresentando média de 0,62 (0,1536). O par mais similar ocorreu entre os indivíduos EL44(5) e EL44(7) da população de Dom Expedito Lopes enquanto os mais dissimilares foram registrados entre os indivíduos EL44_4 com CC72_3, CC72_4 e CC72_5, da população de Dom Expedito Lopes com o indivíduo da população de Cristino Castro, respectivamente.
Através das análises de agrupamento foi obtido um dendrograma onde constatou-se a existência de quatro agrupamentos distintos, concordando com a distribuição geográfica dos quatro municípios amostrados (Figura 6). Um deles foi constituído pela população de Dom Expedito Lopes, com 30 amostras situadas na região central do estado do Piauí. O segundo grupo foi formado
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por sete amostras oriundas de Bom Jesus na região do Sul do Piauí. O terceiro, também foi proveniente do Sul do Piauí, com dez amostras de Cristino Castro. O quarto grupo apresentou as duas amostras de Santa Luz (Figura 6).